segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Papa Francisco: "José, homem fiel e justo que preferiu acreditar no Senhor"
Palavras do Papa Francisco durante o Angelus
domingo, 27 de outubro de 2013
Um mimo de capelinha com os traços do grafite
Igreja dedicada a São José é um recanto de paz na vizinhança do mais famoso reduto de prostituição da cidade
RIO - É quase inevitável o choque quando se chega ao portão de número 205 da Rua Hilário Ribeiro, na Praça da Bandeira. Situando melhor o endereço, a rua fica na vizinhança da Vila Mimosa, onde às 17h de uma quarta-feira chuvosa o batidão do funk já domina o som ambiente e moças circulam preparadas (escovão no cabelo, roupas coladíssimas) para mais uma noite. No endereço em questão, funciona uma minúscula igreja, que somente pela localização já seria peculiar. Mas não é só isso: a Capela São José é o primeiro templo católico todo grafitado do Brasil, onde um frei carmelita formado em jornalismo, vegetariano e adepto da malhação celebra a missa de domingo, sempre de calça jeans sob a batina e tênis esportivo nos pés.
Uma característica que une a capelinha à Vila Mimosa (no caso dos visitantes de primeira viagem) é a sensação de estar atravessando um portal para outro mundo. Em tratando-se da capela, ao passar do portão, o fiel é recepcionado por flores pintadas com spray na fachada e outras de verdade, coloridas, plantadas em vasinhos. No interior, o pequeno e aconchegante salão faz carinho na alma: a beleza está nas paredes grafitadas em tons de amarelo pastel — ganhando um brilho dourado devido à iluminação — com folhas que flutuam, muitas e muitas flores desenhadas e palavras cristãs, como luz, fé, igualdade e esperança. O São José com o menino Jesus no colo aparece num campo de girassóis num quadro com os traços do grafiteiro Fábio Ema, um dos artistas mais cultuados do meio.
É ele quem está revolucionando, por caridade, o visual da capela, cuja frequência maior é hoje de crianças de famílias pobres que vivem na região. As prostitutas da Vila Mimosa são vistas mais em atividades promovidas para elas durante a semana, por um grupo de irmãs. As missas de domingo atualmente ocorrem às 19h, em paralelo ao clima quentíssimo do lado de fora.
No pequeno santuário, gentileza e caridade
Ligada à Ordem das Carmelitas Descalças, a capelinha foi inaugurada em 2000. Deteriorada, há pouco mais de três meses foi iniciada uma reforma geral, sob a supervisão do designer João Bird, da Fundição Progresso, e a partir de doações. O lugar foi reinaugurado no último dia 6 com missa liderada pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta.
A relação do templo com a vizinhança é delicada. O fato de já ter sido chamada de “capela da Vila Mimosa” provocou uma debandada de crianças que moram no entorno e que se preparavam para a primeira comunhão. O frei Nilson, de 43 anos, há dois anos se empenha em passar valores positivos para a juventude.
— Falta uma estrutura familiar às crianças. Os pais trabalham o dia inteiro e elas não têm muito apoio nos estudos. Elas ficam soltas, e o contato com essa cultura que se expande da Vila Mimosa acaba influenciando no comportamento — diz o frei, que, durante as missas, embaladas pelo seu violão, precisa contornar situações. — Às vezes, a música sacra se mistura ao som profano do funk e temos que fechar a capela.
Coordenadora há 9 anos da capela, Nani Queiroz, de 37 anos, conta que o santuário atende 450 famílias da região. O local é um porto seguro:
— Não estamos aqui para julgar, mas para estender a mão — diz Nani, explicando que a chaga dessa área é a pobreza. A Fundição Progresso se envolveu com a capela por meio de João Maurício Pinho, colecionador de arte popular e autor da ideia do grafite. Perfeito Fortuna, da Fundição, diz que o espaço é hoje como “um sol”, que joga luz sobre uma área degrada (a prefeitura já trocou a iluminação da rua).
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Papa na missa do 1° de maio:"Sociedade que não oferece trabalho ou explora os trabalhadores é injusta"
Cidade do Vaticano (RV)
– “A sociedade não é justa se não oferece a todos um trabalho ou
explora os trabalhadores”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na manhã
deste 1º de maio, na missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, por
ocasião da Festa de São José Operário. Estavam presentes alguns menores e
jovens mães, hóspedes do Centro de Solidariedade “Il Ponte", criado em
Civitavecchia em 1979, acompanhados pelo Presidente da associação, Padre
Egidio Smacchia.
No Evangelho proposto pela Liturgia, Jesus é chamado ‘filho do carpinteiro’. José era um trabalhador e Jesus aprendeu a trabalhar com ele. Na primeira leitura lê-se que Deus trabalha para criar o mundo. Este “ícone de Deus trabalhador – afirma o Papa – nos diz que o trabalho é algo que vai além de simplesmente ganhar o pão”:
“O trabalho nos dá dignidade. Quem trabalha é digno, tem uma dignidade especial, uma dignidade de pessoa: o homem e a mulher que trabalham são dignos. Ao invés disto, aqueles que não trabalham não têm esta dignidade. Mas muitos são aqueles que querem trabalhar e não podem. Isto é um peso na nossa consciência, porque quando a sociedade é organizada desta maneira, onde nem todos têm a possibilidade de trabalhar, de serem elevados pela dignidade do trabalho, esta sociedade não está bem, não é justa. Vai contra o próprio Deus, que quis que a nossa dignidade começasse daqui”.
“A dignidade – prosseguiu o Papa – não é o poder, o dinheiro, a cultura que nos dá. Não! .... A dignidade nos dá o trabalho!” e um trabalho digno, porque hoje muitos “sistemas sociais, políticos e econômicos fizeram uma escolha que significa explorar a pessoa”:
“Não pagar aquilo que é justo, não dar trabalho, porque somente se olha aos balanços, aos balanços da empresa; somente se olha para o quanto eu posso aproveitar. Isto vai contra Deus. Quantas vezes – tantas vezes -, lemos isto no ‘L’Osservatore Romano’…. Uma manchete que me tocou muito, o dia da tragédia de Bangladesh, ‘Viver com 38 euros ao mês’: este era o pagamento destas pessoas que morreram....E isto se chama ‘trabalho escravo!’. E hoje no mundo existe esta escravidão que se faz com o que Deus deu ao homem de mais belo: a capacidade de criar, de trabalhar, de construir com isto a própria dignidade. Quantos irmãos e irmãs no mundo estão nesta situação por culpa destes comportamentos econômicos, sociais, políticos e assim por diante...”
O Papa cita um rabino da Idade Média que contava à sua comunidade hebraica sobre os acontecimentos da Torre de Babel: naquele tempo, os tijolos eram muito importantes:
“Quando um tijolo, por algum erro caía, era um grande problema, um escândalo: ‘Mas olha o que você fez!’. Mas se um daqueles que construía a torre caía: ‘Requiescat in pace!’ e o deixavam ali na maior tranquilidade.....Era mais importante o tijolo que a pessoa. Isto contava aquele rabino medieval e isto acontece hoje. As pessoas são menos importantes que as coisas que dão vantagens àqueles que tem o poder políticos, social, econômico. A que ponto chegamos? Ao ponto que não estamos conscientes desta dignidade da pessoa; esta dignidade do trabalho. Mas hoje a figura de São José, de Jesus, de Deus, que trabalham – este é o nosso modelo – nos ensinam o caminho para andar em direção à dignidade”.
No Evangelho proposto pela Liturgia, Jesus é chamado ‘filho do carpinteiro’. José era um trabalhador e Jesus aprendeu a trabalhar com ele. Na primeira leitura lê-se que Deus trabalha para criar o mundo. Este “ícone de Deus trabalhador – afirma o Papa – nos diz que o trabalho é algo que vai além de simplesmente ganhar o pão”:
“O trabalho nos dá dignidade. Quem trabalha é digno, tem uma dignidade especial, uma dignidade de pessoa: o homem e a mulher que trabalham são dignos. Ao invés disto, aqueles que não trabalham não têm esta dignidade. Mas muitos são aqueles que querem trabalhar e não podem. Isto é um peso na nossa consciência, porque quando a sociedade é organizada desta maneira, onde nem todos têm a possibilidade de trabalhar, de serem elevados pela dignidade do trabalho, esta sociedade não está bem, não é justa. Vai contra o próprio Deus, que quis que a nossa dignidade começasse daqui”.
“A dignidade – prosseguiu o Papa – não é o poder, o dinheiro, a cultura que nos dá. Não! .... A dignidade nos dá o trabalho!” e um trabalho digno, porque hoje muitos “sistemas sociais, políticos e econômicos fizeram uma escolha que significa explorar a pessoa”:
“Não pagar aquilo que é justo, não dar trabalho, porque somente se olha aos balanços, aos balanços da empresa; somente se olha para o quanto eu posso aproveitar. Isto vai contra Deus. Quantas vezes – tantas vezes -, lemos isto no ‘L’Osservatore Romano’…. Uma manchete que me tocou muito, o dia da tragédia de Bangladesh, ‘Viver com 38 euros ao mês’: este era o pagamento destas pessoas que morreram....E isto se chama ‘trabalho escravo!’. E hoje no mundo existe esta escravidão que se faz com o que Deus deu ao homem de mais belo: a capacidade de criar, de trabalhar, de construir com isto a própria dignidade. Quantos irmãos e irmãs no mundo estão nesta situação por culpa destes comportamentos econômicos, sociais, políticos e assim por diante...”
O Papa cita um rabino da Idade Média que contava à sua comunidade hebraica sobre os acontecimentos da Torre de Babel: naquele tempo, os tijolos eram muito importantes:
“Quando um tijolo, por algum erro caía, era um grande problema, um escândalo: ‘Mas olha o que você fez!’. Mas se um daqueles que construía a torre caía: ‘Requiescat in pace!’ e o deixavam ali na maior tranquilidade.....Era mais importante o tijolo que a pessoa. Isto contava aquele rabino medieval e isto acontece hoje. As pessoas são menos importantes que as coisas que dão vantagens àqueles que tem o poder políticos, social, econômico. A que ponto chegamos? Ao ponto que não estamos conscientes desta dignidade da pessoa; esta dignidade do trabalho. Mas hoje a figura de São José, de Jesus, de Deus, que trabalham – este é o nosso modelo – nos ensinam o caminho para andar em direção à dignidade”.
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/05/01/papa_na_missa_do_1%C2%B0_de_maio:sociedade_que_n%C3%A3o_oferece_trabalho_o/bra-687997
do site da Rádio Vaticano
terça-feira, 30 de abril de 2013
São. Jose Operário
«Se eu fora pessoa que tivesse autoridade para escrever, de boa vontade me alongaria a dizer muito por miúdo as mercês que este glorioso Santo me tem feito a mim e a outras pessoas. Só peço, por amor de Deus, que faça a prova quem não me acreditar e verá, por experiência, o grande bem que é o encomendar-se a este glorioso Patriarca e ter-lhe devoção.» Santa Teresa de Jesus, Vida 6, 7 Senhor, em tempos de crise olho para o Teu Pai S. José. Foi pai de Família, trabalhador, não abastado… e contudo, permaneceu sempre um homem de Fé. Foi a confiança na Tua Providência e a alegria do seu Lar na companhia de Jesus e Maria, que fizeram dele o homem mais feliz desta terra. Ajuda-me a valorizar os verdadeiros valores do amor, da generosidade, da doação, do perdão… e a confiar o resto nas Tuas mãos… S. José, tu que és tão grande intercessor das Famílias, dá-me a tua confiança e Fé e a certeza de que o Senhor está sempre comigo, como esteve sempre contigo! S. José Operário, rogai por nós! |
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