terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal com São José




"O clima de silêncio que acompanha tudo o que se refere à figura de José estende-se também ao trabalho de carpinteiro na casa de Nazaré. É um silêncio que desvenda de maneira especial o perfil interior desta figura" (Venerável João Paulo II).




"Os evangelhos falam exclusivamente daquilo que José «fez»; no entanto, permitem-nos auscultar nas suas «ações», envolvidas pelo silêncio, um clima de profunda contemplação. José estava cotidianamente em contato com o mistério «escondido desde todos os séculos», que «estabeleceu a Sua morada» sob o teto da sua casa (Col 1, 26; Jo 1, 14).



Uma vez que o amor «paterno» de José não podia deixar de influir sobre o amor «filial» de Jesus e, reciprocamente, o amor «filial» de Jesus não podia deixar de influir sobre o amor «paterno» de José, como chegar a conhecer as profundezas desta singularíssima relação? As almas mais sensíveis aos impulsos do amor divino vêem com muita razão em José um exemplo luminoso de vida interior.



Mais ainda, a aparente tensão entre a vida ativa e a vida contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a perfeição da caridade. Atendo-nos à conhecida distinção entre o amor da verdade e as exigências do amor, podemos dizer que José experimentou, quer o amor da verdade, ou seja, o puro amor de contemplação da Verdade divina que irradiava da humanidade de Cristo, quer as exigências do amor, isto é, o amor igualmente puro do serviço, requerido pela protecção e pelo desenvolvimento dessa mesma humanidade (Venerável João Paulo II, Carta apostólica «Redemptoris Custos», §§ 25-27).


São José, rogai por nós!